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Vida precaria e um momento de inflexao na trajetoria da filosofia de Judith Butler. Temas como a critica a violencia de Estado, a denuncia das torturas aos prisioneiros de Guantanamo, a fina percepcao do estado de excecao em que o governo dos Estados Unidos opera na sua contraditoria defesa da democracia, o recurso ao pensamento de Michel Foucault notadamente aos temas da governamentalidade e da biopolitica e uma interlocucao com a etica de Emmanuel Levinas fazem deste livro um marco no percurso de Butler. Considerado seu livro mais inflamado e pessoal, e uma leitura incontornavel no campo do pensamento contemporaneo. Do subtitulo Os poderes do luto e da violencia , o leitor desta pequena obra-prima da filosofia politica pode depreender que ha um fio condutor que vem atravessando as formulacoes de Butler desde seus primeiros livros: distribuicao desigual do luto publico, direito ao luto, vidas enlutaveis, luto como elemento fundamental de constituicao de um sentimento de comunidade que se oponha ao individualismo, entre outros. Esses elementos, ja presentes em obras anteriores de Butler, tornam-se aqui centrais para um debate tao atual quanto necessario no Brasil de hoje, cujas formas de violencia reproduzem os mecanismos que, como percebe Butler, constituem o poder e a violencia de tornar certas vidas, sempre as mesmas vidas, precarias. Carla Rodrigues