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Quando chegou, Estrela D alva, luminoso nome, codinome e anuncio, no espaco incolor que se insiste em chamar de Academia, senti a mudanca – em seu porte, a arte de dizer, um teatro que se assenta na construcao de um novo mundo, intenso e mais justo, nascera para improvisar, interagir. Aprendi com ela o que e ser um ator-MC, poetryslam e esse modo falado, abri os olhos para outras concepcoes de performance e quase-teatro. Acompanhei sua busca de conhecimentos, o empenho em seguir achados, propostas e teorias. Como este O Teatro Hip-Hop nos diz, o metodo e para ela a aprendizagem instantanea e a reflexao acumulada. A experiencia que traz nos capitulos encadeados e a sua propria, o pao de cada dia, o texto-depoimento do grupo Bartolomeu, a passagem por outras dramaturgias (assim, o rap). O microfone (aberto) e o objeto mediador, mais que isso, interferente nas acoes do criar, nas poeticas da invencao. Uma esponja de banho, em forma de microfone, presente oferecido por mim, nos tempos da sua escrita, foi sugestao da via dupla – objeto de uso, agente do canto e da espuma, do dizer e continuar dizendo. – Jerusa Pires Ferreira.