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O poeta explica que concebeu este livro-poema em 1955. Como decorrência de seu embate com as palavras, depois de A luta corporal (1954). Quem acompanha a produção de Gullar (1930), sabe que ele parte de uma linguagem convencional para a dissolução do discurso, que o levou a um beco sem saída em sua obra poética. Gullar explica: ???A luta contra a sintaxe tinha sido o problema central de A luta corporal e O formigueiro era apenas uma maneira de enfrentá-lo???. O livro-poema, composto artesanalmente em letra set, só aparece em 1991 e, desde então, está fora de catálogo, tornando-se obra de colecionador. Esta edição vem colocar luz sobre este período importante em sua trajetória e permitirá ao leitor conhecer e refletir, quase 25 anos depois, os caminhos traçados por Gullar. Assim, vai entender por que ele é um dos mais talentosos e corajosos intelectuais do país. Considerado hoje, por unanimidade, o maior poeta brasileiro em atividade.