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Depois de narrar seu mergulho insano nas profundezas da droga, Bill Clegg descreve a batalha cotidiana para abandonar o vicio do crack e do alcool. Ele esta de volta a Nova York, apos passar uma temporada numa clinica de desintoxicacao, e tem um unico objetivo na vida: completar noventa dias – apenas tres meses – sem se drogar. Para o comum dos mortais, parece coisa simples. Para o viciado, e um trabalho de Sisifo, uma luta diaria contra a fissura pela droga, contra a forca magnetica avassaladora que o leva a procurar traficantes e antros de junkies. O autor narra com absoluta honestidade o drama monstruoso de sua vida, que a qualquer momento pode se transformar em tragedia. Sao muitas as recaidas, e insaciavel a vontade da droga, e forte a tentacao de acabar de vez com a vida, e penoso o retorno a superficie. Para Clegg, ficar sobrio nao depende apenas da tao alardeada forca de vontade: ele precisa do suporte e da convivencia de seus colegas de recuperacao. O arduo caminho de volta passa pelo apoio de um padrinho a quem possa recorrer a qualquer momento de fraqueza, e pelo comparecimento a reunioes de viciados – duas, tres vezes por dia -, em que o relato de cada um reforca a disposicao dos outros de permanecer limpo. Sao pessoas em situacao igualmente precaria, como Polly, a passeadora de caes com quem ele convive todos os dias e retrata com simpatia quase amorosa. E gente cujo maior ato de heroismo, recebido com aplauso por todos os presentes, e anunciar na reuniao que completou mais um dia sobrio. Neste diario de franqueza pungente, por vezes inacreditavel, Bill Clegg expoe as idas e vindas de uma jornada que nao tem fim, que recomeca todos os dias, de uma vida que avanca sobre o fio da navalha.