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Na esperança de melhorar sua posição no cenário capitalista global, o governo de Moçambique adota uma medida extrema: instituir o inglês como idioma oficial e deixar para trás tanto seus dialetos locais quanto a língua portuguesa imposta pelo ex-colonizador. Só que essa mudança tão abrupta terá diversos impactos na vida dos cidadãos. Como Djassi, político que votou contra a mudança, mas que agora se vê buscando favores de seus adversários na busca por uma bolsa de estudos para o filho em Londres; e Hohlo, seu empregado doméstico, que vê todos os seus cambaleantes esforços de ascensão social através do estudo do português serem frustrados de uma hora para outra. Diante desses e outros tragicômicos reflexos da nova lei, ecoa a pergunta: que lugar têm aqueles que não dominam a língua dos poderosos?