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O volume 11 das Obras completas de Sigmund Freud traz um de seus textos mais conhecidos: “Totem e tabu”, acompanhado por “Contribuição à história do movimento psicanalítico” e outros textos. O subtítulo de “Totem e tabu” – Algumas concordâncias entre a vida dos homens primitivos e dos neuróticos – não chega a dar ideia da riqueza dos temas que aborda: os quatro ensaios que o compõem tratam da origem da religião e da moralidade, ou seja, da própria civilização. Baseando-se em estudos de antropologia, biologia e história, Freud lança a conjectura de que o ato fundador da sociedade humana foi o assassinato do pai da horda primitiva pelos próprios filhos. “Totem e tabu” foi a primeira aplicação da psicanálise a questões de psicologia social. A “Contribuição à história do movimento psicanalítico” descreve o desenvolvimento inicial da psicanálise e foi escrita com intenção polêmica, depois que dois dos principais discípulos de Freud, Alfred Adler e C. G. Jung, divergiram do mestre. “O interesse da psicanálise” procura sintetizar tudo o que na nova disciplina podia ser de interesse para a psicologia e para as outras ciências – entre essas, a linguística, a filosofia, a biologia, a antropologia, a história, a sociologia e a estética. “Sobre a fausse reconnaissance no trabalho psicanalítico” explica o fenômeno de o paciente afirmar já ter dito algo, quando na realidade não o fez. Por fim, o ensaio sobre o Moisés de Michelangelo oferece uma nova descrição e interpretação da célebre estátua do gênio renascentista. Este volume é o sétimo lançamento da Coleção Freud. Os dois próximos serão o volume 13, com as “Conferências introdutórias à psicanálise”, e o volume 9, com o “Homem dos Ratos” e “Uma recordação de infância de Leonardo da Vinci”.