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Ao contrário da lógica da Modernidade, que procede por recusas e exclusões, o discurso sobre a arte no Renascimento é essencialmente cumulativo, empenhado em preservar o legado das experiências históricas anteriores. De Alberti (1404-1472) ao século XVIII, os artistas e autores que se debruçaram sobre o processo da criação pictórica recorreram à noção de ideia como fio condutor. Sob essa aparente unidade conceitual, entretanto, há uma série de sutis variações. Nos textos de Dürer, Lomazzo, Zuccaro, Poussin, Bellori, Du Bos e outros aqui reunidos, é possível notar como diferentes concepções do belo, da natureza, da verossimilhança, do prazer estético e dos papéis do artista e do artesão evoluíram em equilíbrio entre as exigências da época e os valores herdados da Antiguidade – equilíbrio que os séculos futuros se encarregariam de romper. A coleção a pintura, em 14 volumes, é uma antologia de textos fundamentais sobre a arte ocidental, reunindo 130 autores do século IV a.C. ao século XX.