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O latim, língua de um povo “amoroso e ávido de raças estrangeiras”, segundo a célebre fórmula de Nietzsche, tornou-se no Ocidente, durante quase dois mil anos, a língua viva da filosofia, a de santo Agostinho, Descartes, Espinosa, Leibniz. Neste ‘Vocabulário latino da filosofia’, o propósito é triplo: estabelecer pontes com a terminologia grega, destacar os possíveis equívocos, mas, sobretudo, ilustrar os sentidos de cada palavra, de “Absolutus” a “Voluptas”. Daí a abundância de citações ou, na sua falta, de referências, visto que se trata de fornecer ao leitor, freqüentemente reduzido a ler os textos filosóficos latinos em tradução, um instrumento de acesso aos originais.