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Um encontro com a Lady é uma viagem espectral entre a vida e a morte, entre o amor e a perda nessa impressionante estreia de Mateo García Elizondo. ???Vim a Zapotal para morrer de uma vez por todas. Assim que pus os pés no povoado, livrei-me do que trazia nos bolsos, das chaves da casa que deixei abandonada na cidade, de todos os cartões, de tudo o que tinha meu nome ou a fotografia do meu rosto. Não me sobram mais de três mil pesos, vinte gramas de pasta de ópio e sete gramas de heroína, e isso tem de ser suficiente para me matar.???O protagonista e narrador de Um encontro com a Lady busca um último encontro com sua lady na forma de um pó branco a ser injetado no braço, e para isso ele embarca em uma jornada até um vilarejo esquecido no tempo. Lá, ele encontra figuras perturbadoras e fantasmas de amigos que o aguardam do outro lado e, em sua caminhada para o fim de tudo, tem de lidar com as lembranças da cidade de onde veio e de seu passado.A primeira frase de Um encontro com a Lady evoca o começo mítico de Pedro Páramo, de Juan Rulfo, e em suas páginas há ecos do carnaval de autodestruição grotesco de Debaixo do vulcão, de Malcolm Lowry. Com uma prosa envolvente e hipnótica, Mateo García Elizondo narra, nesta estreia extraordinária, vencedora do Premio Ciutat de Barcelona 2019, uma viagem ao coração das trevas, uma queda espectral ao inframundo de um viciado que entra em um caminho com um único destino possível, que se aproxima cada vez mais. ???Estamos diante de uma voz interessantísima, capaz de sustentar o pulso da história por meio de um discurso direto e fluido que flutua entre o contemporâneo e o ancestral.??? ??? El Periódico