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Brutal e sincera, a nova edição do livro de poemas de Jarid Arraes conta com sete peças inéditas, além de novo projeto gráfico e ilustrações da autora. Com uma crítica social afiada, Arraes fala sobre o corpo negro feminino com precisão e maestria.
Autora vencedora dos prêmios APCA e Biblioteca Nacional.
Jarid Arraes se destaca como uma das maiores escritoras brasileiras da atualidade. Os temas de sua obra, sempre urgentes e igualmente atuais, colocam em evidência sujeitos preteridos, fora do padrão e das vistas da sociedade: “eu quero ouvir/ sobre as pequenas vidas/ os pequenos instantes/ de vida/ que ainda resistem/ aí”.
Nesta antologia, a autora de Redemoinho em dia quente vai em busca de “uma toca/ de paredes/ grossas// um abrigo/ que cesse/ a fome”, um refúgio em meio a campo aberto. Em um denso equilíbrio entre introspecção e crítica social, estes poemas se dividem em cinco ramos — selvageria, fera, corpo aberto, caverna e poemas inéditos — e recuperam a imagem da mulher e do corpo feminino negro, que se encontra desprotegido da loucura e das inúmeras opressões cotidianas.
Um buraco com meu nome, reeditado agora pela Alfaguara, traz sete poemas jamais publicados pela autora, reforçando a vitalidade da obra: “existo paralela/ e por dentro/ estou faminta”, diz Jarid.