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Caro Leitor,Foi uma satisfação receber notícias suas. O frio, o céu nebuloso, Kadafi, Síria, Gaza e algumas cositas mas, em nosso próprio quintal, fazem a gente se recolher em seu canto, com vontade de ficar olhando para o alto, para baixo ou para os lados, a fim de ver alguma coisa. No meu caso, tirando as coisas que vejo diariamente, posso dizer-lhe que vi, ou melhor, assisti com meus olhos e as mãos no teclado do computador, a despedida de Tévye. Ele me disse adeus e, com aquele sorriso que você já conhece, observou que, se eu quisesse encontrá-lo de novo, duas possibilidades estavam à minha disposição: a primeira seria voltar a lê-lo nas letrinhas miúdas em ídiche (com o ‘fidler oifn boidm’), e a segunda, se fosse minha vontade conversar com ele de longe, que esperasse a publicação em uma língua que nem em Iehupetz se conhecia e na qual um certo J.G., talvez por desfastio, se atrevera a recontar tudo o que lhe havia acontecido, só Deus sabe por quê. Com isso, conto-lhe uma parte da tragicomédia de Tévye na comédia trágica de sua aparição em caracteres neorromânicos. O resto não vale a pena comentar, fica por conta de como o próximo verão se apresentar quando o nosso herói surgir de botas, kapote, boné e tales katan, nas prateleiras das livrarias.Com o meu abraço, que a paz seja convosco.