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Inovações tecnológicas mudaram a vida e o mundo: o papel, a pólvora, a imprensa com tipos móveis, a máquina a vapor, cinema, televisão??? Sensibilidades se alteraram, mesmo a ideia de tempo e espaço mudou. E a tecnologia computacional apenas inicia sua viagem… Práticas sempre instáveis, como a arte, podem desaparecer Deslumbramento e estranheza são, mais que nunca, as duas faces da nova moeda. Depois de eCultura, a utopia final, Teixeira Coelho continua sua reflexão sobre a cultura digital.
Na Ucrânia projeta-se um Memorial em homenagem aos mais de 30 mil judeus mortos em dois dias de setembro de 1941 pelos invasores nazistas. ?? entrada do Memorial, os visitantes submetem-se a um teste do qual deriva o perfil de cada um traçado por algoritmo: carrasco, vítima, colaborador? Usando óculos de realidade virtual, o visitante fará um trajeto pela exposição conforme o perfil designado. A história como game?
No Canadá, pesquisadores enfrentam o tratamento da esquizofrenia em pacientes refratários aos métodos tradicionais. O paciente descreve para um designer os demônios interiores que o atormentam; as imagens obtidas são acopladas a relatos do que ele diz ouvir dentro da cabeça. O confronto virtual com seus demônios pessoais. Numa tela digital, parece uma solução. A história pessoal como game?
Na cultura eletrônica, é provável que a arte se transforme em outra coisa. Ou desapareça. Sobrevivendo, talvez não seja mais uma questão estética mas apenas social. Ou política. Ou decorativa. Pode vir a ser também, como Nietzsche previa ou desejava, uma ???arte apenas para artistas???.
A experiência humana com a tecnologia digital não mais é apenas ficção???