Sua sacola está vazia
categorias
Fora de estoque
O quase-romance de Carlos Heitor Cony transporta o leitor para um outro mundo, ???um mundo que acabou???, nas palavras de seu autor. O mundo de seu pai, jornalista como ele, mas de um tempo perdido; do Rio capital federal, do compadrio despudorado, não da violência. Do dia a dia indulgente. Na elegia ao pai que é Quase Memória, o protagonista Ernesto Cony Filho é o corpo e o espírito da época. Sonha alto, dorme prometendo grandes feitos ???amanhã???. E o que faz é atolar-se nos próprios sonhos, desfazer-se deles, criar outros e outros. ?? uma figura quixotesca, patética, no relato quase cruel do filho, mas por isso mesmo fascinante.