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O último dia de um condenado

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Em um romance de surpreendente modernidade, o grande escritor do romantismo se joga de corpo e alma contra a pena de morte. Composta de um texto principal – o diario dos ultimos dias da vida de um condenado -, de uma peca na qual personagens inventados por Victor Hugo criticam ferozmente a obra (prefacio a edicao de 1829) e de um longo panfleto em defesa da causa (prefacio de 1932), esta edicao vem contribuir para um debate em torno de uma discussao que alguns ainda tentam reviver no Brasil. Redigida em primeira pessoa, sentimos como um soco no estomago a voz de alguem que compartilha nossa existencia por um tempo determinado. Logo sua cabeca sera ceifada pela famosa engenhoca do doutor Guillotin e ira rolar para o cesto que as apara apos a decapitacao. Num ambiente de trevas, assistimos na propria descricao do condenado hora a hora aos preparativos de sua morte, a sorte de seus companheiros mais felizardos dos trabalhos forcados, a derradeira visita de sua filha que nao o reconhece e o afasta ( o senhor me machuca com essa barba ), ao despojamento de seus ultimos pertences para companheiros de fortuna , etc. A obra foi escrita em menos de tres meses sob influencia de uma execucao em Paris a qual Victor Hugo assistiu em 1825.