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Em 1953, Esperando Godot, de Samuel Beckett, estreava num minusculo teatro de vanguarda parisiense. Em cinco anos, a peca ja havia sido traduzida para mais de vinte idiomas e assistida por milhares de espectadores. Sua impressionante popularidade marcou o surgimento de um novo tipo de teatro cujos autores – Beckett, Ionesco, Jean Genet, Harold Pinter e outros estilhacavam convencoes dramaticas e tentavam transmitir a sensacao de viver num mundo que parecia sem sentido. Publicado em 1961, O Teatro do Absurdo, de Martin Esslin (1918-2002), tornou-se referencia absolutamente necessaria na epoca, ao oferecer ao publico e aos estudiosos uma obra abrangente e definitiva sobre esse movimento fundamental, embora entao ainda novo. Hoje, cinco decadas apos, o livro seminal de Esslin nao perdeu o frescor e segue como o que melhor descreve e analisa o trabalho desses artistas, em pecas fundamentais como Esperando Godot, A cantora careca, O rinoceronte, Piquenique no front, As criadas, Festa de aniversario, Historia do zoologico e tantas outras. Nada menos que um classico, essa edicao, revista, atualizada e ampliada, traz traducao de Barbara Heliodora, apresentacao de Paulo Francis e um novo prefacio escrito pelo autor, inedito no Brasil.