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“O que fazer” lança uma dupla de protagonistas em aventuras absurdas que começam quando um aluno de uma universidade inglesa faz uma pergunta impossível de responder. A partir daí são desencadeadas situações que se bifurcam, a cada momento com uma nova e inesperada dificuldade. Adegas, trincheiras, discotecas, lojas, bancos, barcos, aeroportos e pontes são os cenários onde se alternam estudantes, bêbados, soldados, velhas que cantam, mulheres nuas e fascistas. Enredo caleidoscópico, fractal ou mosaico. Análise combinatória aplicada à narrativa? Aventuras num desenho animado surrealista? Poesia em prosa, notas oníricas, a música, o canto, a guerra, a política. Pablo Katchadjian reúne neste livro todos esses traços ficcionais e metaficcionais para compor um veloz e versátil romance-artefato. Publicado em 2010, “O que fazer” é, nas palavras do crítico Damián Tabarovsky, um verdadeiro “tour de force” e uma das coisas mais interessantes da literatura argentina contemporânea, “o grande romance contemporâneo da expansão do sentido, de sua amplificação, de sua mutação”. Sobre este livro, Tabarovsky escreveu também que ele “se movimenta com perfeição na herança do nonsense, na tradição de Queneau, no jogo de palavras, no humor radical, na engenhosidade. O livro de Katchadjian é um desses raros romances que satisfazem ao leitor mais inteligente”.