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O jazz constitui um fenômeno musical e cultural dos mais representativos do espírito, do ritmo e das vivências da época que recebe o nome efetivo de moderna, ou seja, os séculos XX e este início de XXI, pois, como nenhum outro, seu aparecimento decorre da forte interação entre fatores antropológicos, sociais, artísticos e psicológicos. Daí a avassaladora evidência intergrupal, intersocial e intercultural, em correspondência quase completa com os fenômenos da globalização e internacionalização das relações humanas em nosso planeta, e a visualidade icônica dos músicos e cantores de jazz, cujas criações demarcam e se confundem com a própria história dessa arte desde a suas mais humildes origens. Da sua gestação quase anônima no canto dos escravos não resulta um gênero primitivo ou tosco em sua expressão e sim, muito ao contrário, uma musicalidade que exige, ao lado da força inventiva da improvisação, um alto grau de técnica e de virtuosismo na execução instrumental e vocal, numa combinação que reflete simultaneamente sua vitalidade, sua penetração popular, bem como sua riqueza estilística. Essa feliz fecundação vem à tona na larga variedade de suas modalidades desde o dixieland, o bebop, o free-jazz até o neoclassicismo e o jazz pós-moderno. É em função desse caráter único que Joachim E. Berendt empreendeu uma análise exaustiva do gênero e sua evolução, seguida por uma atualização e complementação, por Günther Husmann, e uma discografia selecionada, que dá a este O Livro do Jazz: De Nova Orleans Até o Século XXI, um valor único pela magistral história, análise e interpretação do fenômeno jazzístico onde quer que ele tenha se manifestado, inclusive no Brasil, ressaltado na excelente tradução de Rainer Patriota e Daniel Oliveira Pucciarell i e no ensaio de Carlos Calado que encerra o volume.