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Em 2011, a Boitempo deu inicio a uma de suas maiores empreitadas editoriais: a traducao completa de O capital, a principal obra de maturidade de Karl Marx. Em marco de 2013, em meio ao projeto MARX: a criacao destruidora, um conjunto de eventos que reuniu milhares de pessoas para debater a atualidade de seu pensamento, foi lancado o primeiro livro, O processo de producao do capital, traduzido pela primeira vez a partir da edicao preparada no ambito do projeto alemao MEGA-2 (Marx-Engels Gesamtausgabe), com traducao de Rubens Enderle.O classico de Marx foi originalmente publicado na Alemanha em 1867 e e considerado a mais profunda investigacao critica do modo de producao capitalista. O capital, da Boitempo, e o decimo sexto volume da Colecao Marx e Engels e conta com introducoes de Jacob Gorender, Jose Arthur Giannotti e Louis Althusser, alem de texto de orelha de Francisco de Oliveira.O capital e uma contribuicao basilar ao pensamento anticapitalista, em especial a tradicao marxista, que de certo modo se consolida com este livro. O objetivo de Marx era, por meio de uma critica da economia politica, compreender como o capitalismo funciona. Diante desse desafio, ele desenvolveu um aparato conceitual e metodologico para entender toda a complexidade do capitalismo, as categorias que constituem a articulacao interna da sociedade burguesa e a relacao direta entre acumulacao de capital e exploracao da forca de trabalho.O percurso a ser seguido para entender a logica do capital e arduo, lembra Francisco de Oliveira, no texto de orelha. Segundo ele, a leitura de O capital tem de ser feita de maneira paciente e disciplinada, tendo em vista a complexidade do objeto de analise de Marx. Ele examina antes de tudo a mercadoria e sua formacao, pois o capitalismo continua a ser, mesmo em sua fase amplamente financeirizada, um modo de producao de mercadorias , explica o sociologo.Jose Arthur Giannotti realca em sua apresentacao que a obra de Marx nunca perdeu seu interesse e sua relevancia, a despeito das idas e vindas das modas atuais do pensar e dos novos paradigmas em que a ciencia economica se alicerca. Como explicar essa permanencia? Parece-me que isso ocorre porque ela e mais do que um texto cientifico. Ao salientar a especificidade das relacoes fetichizadas do capital, a analise retoma a antiga questao do ser social e de sua historicidade , afirma o filosofo. E termina com um desafio: A questao hoje em dia e mais do que teorica. A grande crise pela qual estamos passando coloca em pauta a alienacao do capital, em particular do capital financeiro, e a necessidade de alguma regulamentacao internacional dos mercados. No fim das contas, que futuro queremos ter? E possivel pensar o futuro sem levar em conta as analises deste livro chamado O capital? .