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O título deste livro refere-se à imagem usada por um viajante estrangeiro no Brasil, para quem não haveria ???uma flor??? na senzala ??? não haveria amor, família, ???nem esperanças nem recordações???. Robert Slenes encontrou essa flor. Slenes discute a família escrava à luz da cultura africana, mas suas conclusões e métodos vão muito além do tema específico. Argumenta que tradições centro-africanas fundamentaram identidades e solidariedades que marcaram a luta de classes no Sudeste escravista. Muitos adeptos e estudiosos das tradições banto encontrarão aqui fogo bom para sua panela cultural. Além disso, essa meticulosa investigação dos sentidos culturais da família escrava é uma lição de método para quem pretenda estudar qualquer outra ???tradição??? da África em terras brasileiras. (João José Reis) Robert W. Slenes é doutor pela Stanford University (1976) com uma tese sobre a demografia da escravidão no Brasil, no período de 1850 a 1888. Desde então, tem se interessado especialmente por questões ligadas à cultura escrava e à reelaboração das ???recordações??? centro-africanas nas senzalas. Além deste livro, publicou estudos sobre o papel das línguas, das cosmologias e das instituições político-religiosas da África Central na formação de uma identidade cativa ???resistente??? nas fazendas do Sudeste ??? o tema de seu próximo livro.