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Modo de apanhar pássaros à mão

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Novo livro da freira Maria Valéria Rezende, autora do elogiado romance O Voo da Guará Vermelha, Modo de Apanhar Pássaros à Mão traz contos inéditos, que nos levam a rever conceitos de lealdade, culpa, desejo, mentira e ódio, com rara sensibilidade para questões existenciais. “Conto é o desafio de em poucas páginas tramar e desenrolar uma história, não deixar ponto sem nó”, diz a autora, para quem escrever romances é até “mais fácil”. Membro ativo do Clube do Conto da Paraíba, onde acumulou vasta experiência em contar e ouvir histórias, Maria Valéria considera a leitura “a única forma que a gente tem de alargar o nosso mundo e as nossas vidas. Um livro bem escrito permite a você viver uma outra vida pela imaginação”. Freira moderna, inserida nas comunidades – como gosta de dizer -, dona de uma visão crítica da Igreja, Maria Valéria realiza um silencioso trabalho de educação popular e de formação de líderes de base. “Fui militante e dirigente nacional da Juventude Estudantil Católica (JEC), no início dos anos 1960, percorrendo o Brasil todo e vendo as terríveis desigualdades e injustiças e as carências educacionais”, conta. Em 1971, impelida pelo recrudescimento da ditadura militar, passou um ano na Europa, Norte da África e América do Norte. Na volta, transferiu-se para o Nordeste, trabalhando na zona rural de Pernambuco e da Paraíba. No Nordeste, a exemplo de outros milhares de mulheres religiosas espalhadas por toda a América Latina, mergulhou no mundo dos pobres: “Praticamente tudo de inovador que a Igreja do Brasil fez nos anos 1970 e 80 provavelmente não teria existido sem esse trabalho de formiguinha das freiras do povo”, diz. Infelizmente, segundo ela, essas mulheres “só aparecem aos olhos do mundo quando se tornam vítimas da violência, como a Dorothy Sang” (a quem é dedicado, aliás, O Voo da Guará Vermelha, seu romance de estreia). “Vejo a sociedade hoje como palco de uma dramática luta. De um lado, uma tendência à solidariedade global, à busca de maior respeito e cuidado com as pessoas e a natureza. Do outro lado, o salve-se-quem-puder, a competição do primeiro-eu, tudo justificado pela devoção idolátrica do deus-mercado”, defende a autora. Sua literatura reflete a riqueza dessa vivência pessoal. Maria Valéria Rezende será uma das atrações da Festa Literária Internacional de Paraty (FLIP), em agosto.

Maria Valeria Rezende

Carta à rainha louca

R$ 69,90

Maria Valeria Rezende

O voo da guará vermelha

R$ 69,90