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A obra máxima da prosa de Fernando Pessoa numa edição de referência, com capa dura e a grafia usada pelo escritor português
Um dos maiores feitos literários do século 20, o Livro do desassossego reúne centenas de fragmentos que oscilam entre diário íntimo, prosa poética e narrativa. Jerónimo Pizarro, grande especialista da obra pessoana, regressa às fontes dos textos, aperfeiçoa a decifração de quase todos os fragmentos e estabelece o texto com rigor e clareza para oferecer esta edição de referência.
Pizarro propõe a leitura do Livro do desassossego tal como este foi surgindo ao longo dos anos, organizando cronologicamente os textos da primeira fase em que Fernando Pessoa se dedicou à escrita (1913-20) e, dez anos depois, os da segunda (1930-34). ???Houve um primeiro e um segundo livros ??? entre os dois passaram-se muitos anos ??? e não é necessária uma montagem temática para unificar o que não precisa ser unificado???, afirma o estudioso pessoano.
A partir dessa proposta editorial, fica claro que o Livro do desassossego é um work in progress e um conjunto fundamental para compreender o lugar de Fernando Pessoa na criação da consciência do mundo moderno.
???Ao contrário do que diz o título, ele me sossega muito durante minhas crises existenciais. Há ali um homem adulto, que diz de uma maneira bela, segura, que somos muitos, que dentro de nós há uma multidão que disputa esse único eu. Para mim foi terapêutico, uma cura saber que não tenho que escolher, que todos estão dentro de mim.???
Mia Couto
???Quando me mudei para o México há uns anos, doei grande parte dos meus livros a uma biblioteca do Chile e tive que escolher os 20 ou 30 livros que ia levar comigo. Obviamente o Livro do desassossego foi um deles. ?? um livro a que recorro com frequência, abro-o às vezes ao acaso e leio. Continuo a descobri-lo, gosto muito dele.???
Alejandro Zambra
???O Livro do desassossego são folhas avulsas, nunca foi composto por Fernando Pessoa dentro de uma ordem. Por isso mesmo, sempre gostei de ler o Livro como o I-Ching: abrir numa página qualquer e ver o que saiu naquele momento, como um oráculo. Acho isso interessante e corresponde ao formato original do próprio livro, que é o acaso.???
José Miguel Wisnik
???Imagine uma fusão dos cadernos e anotações de Coleridge, do diário filosófico de Valéry e do volumoso diário de Robert Musil. Nem algo híbrido assim corresponderia à singularidade da narrativa de Pessoa.???
George Steiner