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Em trinta crônicas selecionadas, escritas nos períodos mais críticos da pandemia, Julián Fuks reflete sobre a perda e a solidão, a fragmentação do tempo e as incertezas futuras de um país. Mas nestas linhas há também esperança: pelo que podemos construir, ou reconstruir, a partir de nossas experiências.
Julián Fuks, vencedor do Jabuti de Livro do Ano de Ficção e Melhor Romance, além dos prêmios Saramago e Anna Seghers, se volta para o formato da crônica para abordar os períodos mais críticos pelos quais passamos durante a pandemia.
Suas incertezas e medos, a insegurança com a saúde da família e de amigos, se somaram ao que ocorria do lado de fora: as arbitrariedades do governo, a distância dos conhecidos, a contagem diária de mortes.
O convite para se tornar colunista de um jornal online, no entanto, lhe dá a chave que precisava. Valendo-se de Virginia Woolf a Drummond, de Natalia Ginzburg a Clarice Lispector, Julián Fuks busca compreender as sensações conflitantes, a incerteza do tempo e os vazios na convivência com os outros.
É nas frestas do horror que o autor procura as belezas menores, para com elas construir algo novo, a nova identidade do que queremos ser, no futuro que ainda não devemos esquecer.