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‘Cachorro morto num saco de lixo/ areia, sargaço, cacos de vidro/ mar dos afogados, mar também dos vivos/ escuta teu murmúrio no que eu digo./ Nunca houve outro sal, e nunca um dia/ matou o seu poente, nem a pedra/ feita de outra pedra, partiu o mar ao meio./ Assim é a matéria, tem seu frio/ e nunca vi um animal tão feio/ nem pude ouvir o seu latido./ Por isso durmo e não pergunto/ junto aos juncos.’