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Os personagens são bem brasileiros e contemporâneos: uma jornalista estudiosa de ética clássica, um economista liberal, um roteirista de documentários que abandonou o marxismo pela filosofia analítica e um erudito desempregado. Em Felicidade, eles se encontram periodicamente para discutir um tema por eles determinado. Nessas reuniões, um deles faz uma breve exposição inicial seguida de um debate. A forma do novo livro de Eduardo Giannetti casa-se perfeitamente aos propósitos do autor. Não se trata de defender um ponto de vista, mas de colocar determinadas questões em relevo – questões fundamentais, mas freqüentemente esquecidas pelos cadernos de economia.O fio condutor é o Iluminismo – e suas promessas de felicidade -, que traria o progresso nas ciências e nas artes, permitindo aos homens exercer um amplo domínio sobre a natureza. Poderíamos, guiados pelo conhecimento, calcular com precisão os meios necessários para evitar a dor e alcançar o prazer. A razão iluminista nos permitiria aperfeiçoar nossa própria natureza. Dentro de pouco tempo, viveríamos num mundo mais justo, orientado por acordos racionais, gozando os benefícios de uma paz perpétua.Vieram a ciência e a técnica, mas não veio a felicidade. O mundo nunca foi tão injusto, e a paz nunca esteve mais distante do que hoje. Os personagens de Felicidade querem saber por quê. Para discutir esses temas, Giannetti faz uso de uma bibliografia variada e extensa, transposta na forma de um diálogo leve e fluente. Assim como os demais livros do autor, Felicidade é uma obra que transita nos limites entre o discurso econômico e a reflexão filosófica, sem fazer uso do jargão técnico de nenhum dos dois domínios.