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Após o esforço de aprendizado de uma nova língua, o acádio, para empreender a tradução da Epopeia de Gilgamesh, Jacyntho Lins Brandão nos brinda agora com a transposição ao português de outro poema babilônico, Epopeia da criação, conhecido também como Enuma Eliš.
Ele foi composto há pouco mais de três mil anos, na língua do ramo semítico identificada em meados do século XIX e chamada ???acádio??? pelos estudiosos que a decifraram, em referência à cidade de Akkad, capital do império de Sargão, no século 24 a.C. O texto foi localizado em 1849 nas ruínas da biblioteca do rei Assurbanípal, em Nínive (próximo da atual Mossul, no Iraque).
Enuma Eliš descreve a teogonia e a cosmologia dos babilônios: a criação do mundo, a luta entre os deuses pela supremacia, a criação da humanidade para servir a divindade. Diversas passagens de alto valor poético contêm episódios que foram aproveitadas em literaturas posteriores, como as mitologias assírias e os escritos bíblicos do Gênesis.