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Philip Roth costuma ser associado a seus romances, que incluem algumas das obras-primas da literatura de língua inglesa publicadas nas últimas cinco décadas, como O complexo de Portnoy, O teatro de Sabbath e Homem comum. Mas Roth tem um lado menos conhecido: é também crítico, ensaísta e memorialista notável. Entre nós reúne entrevistas feitas por Roth com outros escritores e seus ensaios sobre os colegas de ofício (e um pintor), bem como cartas trocadas entre eles. Ao contrário do que se poderia esperar, o tema predominante neste livro não é a literatura em si, as técnicas de escrita de ficção, e sim um ponto que para Roth é fundamental: a relação entre o artista e o mundo exterior, seu meio, sua cultura e seu tempo. E, embora muitas vezes o que ouvimos seja a voz de outro escritor, predominam as preocupações e as obsessões do próprio Philip Roth. Não por acaso, um dos temas de destaque no livro é a condição de judeu – são judeus sete dos dez escritores discutidos, além do artista plástico Philip Guston. Outra questão, discutida principalmente nas conversas com dois tchecos – Ivan Klíma e Milan Kundera -, é a do conflito entre o artista e as instituições de seu país. O texto sobre Bernard Malamud é um relato ao mesmo tempo afetuoso e implacável sobre as relações de Roth com um escritor que teve grande impacto em sua formação. O ensaio sobre Saul Bellow é um estudo aprofundado que, além de defender a importância de Bellow na literatura norte-americana, comprova que Roth é não apenas um grande romancista como também um crítico de primeira. Na troca de correspondência com Mary McCarthy, Roth discute as ressalvas da escritora americana ao romance O avesso da vida. Outros escritores entrevistados por Roth são o vencedor do prêmio Nobel de literatura Isaac Bashevis Singer; o italiano Primo Levi, que produziu algumas das maiores obras literárias que tematizam o Holocausto; o escritor israelense Aharon Appelfeld e a irlandesa Edna O’Brien. “Roth provoca seus entrevistados e extrai deles as convicções que alimentam suas obras e a vulnerabilidade que os torna humanos. Mais um exemplo da clareza de propósito e da inteligência singular de Philip Roth.” – The New York Times Book Review