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Um romance urgente sobre intolerancia e marginalizacao de uma nova e potente voz da literatura brasileira. Uma manha chuvosa no Rio de Janeiro. Antonio, um cadeirante negro de classe media, circula pela cidade enquanto o caminhao que carrega sua pequena mudanca se afasta da casa em que ele viveu ate entao. De metro, onibus e balsa, nao sem dificuldades, ele se desloca em sua cadeira de rodas capenga em direcao a sua nova casa, que de nova nao tem tanto assim: endividado e sem outra alternativa, Antonio esta voltando a casa da sua infancia, a casa do pai, a quem ele nao ve ha mais de vinte anos. Enquanto avanca nessa odisseia particular rumo a casa dos pais, ele atravessa tambem um percurso memorial pelas passagens mais cruciais da sua vida: o relacionamento com seu pai o Comandante , os anos na Escola militar, a descoberta da homossexualidade, a carreira de fotografo, o acidente que o tornou paraplegico. Com uma escrita precisa e mordaz, Carlos Eduardo Pereira constroi em Enquanto os Dentes um retrato duro e necessario de um Brasil violento: nao a violencia das ruas, mas a agressividade da intolerancia e da discriminacao que se escondem dentro das proprias casas, familias e instituicoes.