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Neste breve ensaio sobre estética escrito em 1933, Junichiro Tanizaki analisa a arquitetura, o teatro, a comida, o vestuário, o papel e até o tom de pele para refletir sobre um elemento central da cultura japonesa: o contraste entre a penumbra e a claridade. Se os ocidentais têm por hábito polir a prata para que ela tenha um aspecto sempre brilhante e renovado, a tradição nipônica valoriza justamente o contrário. A gordura das mãos e a ferrugem acumuladas sobre os objetos mostram a passagem do tempo e representam, portanto, as histórias ali contidas.