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Em inícios do século XVIII, um milionário da prata mexicana, neto de conquistador maltrapilho, aristocrata há uma geração apenas, deixa a terra natal para uma temporada de luxos e prazeres em Veneza. Chegando à cidade em pleno Carnaval, o Amo e seu criado Filomeno serão protagonistas de um concerto sem igual, que reunirá os maiores prodígios da Europa barroca, mas também a música do Velho e do Novo Mundo.
O livro de Carpentier nos leva de uma Cidade do México que imita em prata lavrada todas as manias metropolitanas a uma Veneza em que, depois de muita peripécia erótica e musical, o Amo transformado em libretista do padre Antonio Vivaldi tentará levar à cena uma versão fiel e operística da conquista do México.
A tarefa, está claro, é impossível, mas o fracasso não resulta em impasse. Numa virada final – anacrônica e fabulosa, barroca e moderna ao mesmo tempo -, caberá a Filomeno tomar a batuta e transplantar sua própria versão do barroco de volta à América – e de volta ao século XX.
Certamente um dos grandes escritores latino-americanos do século XX, o cubano Alejo Carpentier chegou ao ápice de sua arte narrativa e musical nesta breve obra-prima de 1974, que o autor chamou de “suma teológica” de sua carreira e que o leitor brasileiro agora pode ler na primorosa tradução de Josely Vianna Baptista.