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Vida e morte pulsam neste livro com igual intensidade, tal como pulsam dentro de nos. Nesta quinta coletanea poetica de Guilherme Gontijo Flores, carvao : : capim, esses dois elementos quase contraditorios funcionam, conjuntamente, como um simbolo do ciclo da vida. Dividido em quatro partes, articuladas por dois poemas centrais que reinventam o famoso quadrado magico poetico Sator/Rotas , o livro parte de uma Petrografia esparsa , com poemas de cunho social, aludindo as tantas mortes que marcaram e continuam a marcar o solo da nossa historia. Em seguida, Historia dos animais propoe uma zoopoetica que nao deixa de enxergar a beleza da morte iluminada, por exemplo, numa pedra de ambar. Ja Quatro cantatas funebres traz, entre outros, poemas dedicados a guerrilheira Dinalva Oliveira e ao poeta e revolucionario salvadorenho Roque Dalton, ambos assassinados por motivos politicos. E sobre esse chao de morte que o livro grassa, indo e voltando sempre ao tema da morte, para desaguar na parte final, Lo ferm voler (referencia a um verso do trovador provencal Arnaut Daniel), onde o impulso lirico-amoroso vem reafirmar a vida, o vico e a vontade: Como quem ve no ceu/ que estrelas faltam/ achar em cada falta/ seu desejo/ & assim deliberadamente/ desastra-lo .