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A psicanalista Maria Rita Kehl retorna as livrarias com a coletanea Bovarismo brasileiro, que reune alguns ensaios marcantes sobre temas que abarcam desde a literatura de Machado de Assis ate um estudo de caso – o atendimento de um militante do MST -, passando por reflexoes acerca das origens do samba, do manguebeat, do periodo de expansao da rede Globo e da primeira campanha de Lula. Para dar liga as suas analises, a autora vale-se do conceito de bovarismo, cunhado pelo filosofo e psicologo Jules de Gaultier com base na personagem Emma Bovary, de Gustave Flaubert, uma ambiciosa e sonhadora pequeno-burguesa de provincia que, a forca de ter alimentado sua imaginacao adolescente com literatura romanesca, ambicionou tornar-se outra em relacao ao destino que lhe era predestinado. Kehl provoca: Seria o bovarismo um sintoma da sociedade brasileira?