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Num pensionato de freiras paulistano, em 1973, tres jovens universitarias comecam sua vida adulta de maneiras bem diversas. A burguesa Lorena, filha de familia quatrocentona, nutre veleidades artisticas e literarias. Namora um homem casado, mas permanece virgem. A drogada Ana Clara, linda como uma modelo, divide-se entre o noivo rico e o amante traficante. Lia, por fim, milita num grupo da esquerda armada e sofre pelo namorado preso. As meninas colhe essas tres criaturas em pleno movimento, num momento de impasse em suas vidas. Transitando com notavel desenvoltura da primeira pessoa narrativa para a terceira, assumindo ora o ponto de vista de uma ora de outra das protagonistas, Lygia Fagundes Telles constroi um romance pulsante e polifonico, que capta como poucos o espirito daquela epoca conturbada e de vertiginosas transformacoes, sobretudo comportamentais. Obra de grande coragem na epoca de seu lancamento (1973), por descrever uma sessao de tortura numa epoca em que o assunto era rigorosamente proibido, As meninas acabou por se tornar, ao longo do tempo, um dos livros mais aplaudidos pela critica e tambem um dos mais populares entre os leitores da autora. Que beleza, que forca, que materia viva e lancinante em As meninas. – Carlos Drummond de Andrade Lygia Fagundes Telles tem realmente algo da delicadeza atmosferica de uma Katherine Mansfield. A diferenca e apenas a seguinte: ela tambem sabe escrever romance e As meninas e mesmo um romance de alta categoria. – Otto Maria Carpeaux Leitura obrigatoria do vestibular da UFRGS.