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Livro de ensaios de uma das autoras mais prestigiosas da atualidade revela detalhes de seu processo criativo e traça paralelos entre importantes vozes femininas da literatura mundial
Em 2020, a The Oprah Magazine descreveu a amada e prestigiada romancista italiana Elena Ferrante como ???um oráculo entre os autores???. Nos breves ensaios reunidos em As margens e o ditado, a autora fala sobre a própria jornada como leitora e escritora e oferece um raro olhar sobre as origens de seus caminhos literários. Escreve a respeito de suas influências, lutas e sua formação intelectual, descreve os perigos do que ela chama de ???língua ruim??? e sugere maneiras pelas quais a tradição há muito excluiu a voz das mulheres. Partindo de suas brilhantes reflexões a respeito dos trabalhos de Emily Dickinson, Gertrude Stein, Ingeborg Bachmann e outras, Ferrante propõe, então, uma fusão do talento feminino.
Ao discorrer sobre o tênue equilíbrio entre seu gosto por limites e organização ??? por permanecer dentro das margens ??? e seu desejo por desordem e clamor, ela indica uma passagem secreta para o processo de criação de suas obras mais conhecidas: a Tetralogia Napolitana, Dias de abandono, A filha perdida e A vida mentirosa dos adultos. A autora aborda como criou e quais as motivações de suas emblemáticas personagens Lenù e Lila, deixando pistas do quanto as duas incorporam o próprio dilema da literatura para Ferrante.
As três palestras ??? inicialmente escritas para os cidadãos de Bolonha, por ocasião das Umberto Eco Lectures ??? e o ensaio composto para o encerramento da Conferência de Italianistas sobre Dante e outros clássicos dão corpo a um livro ao mesmo tempo sutil e potente, de uma das maiores escritoras da atualidade. Um livro sobre aventuras na literatura, sejam elas dentro ou fora das margens.