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Em 1936, Graciliano Ramos foi preso pelo regime de Vargas por causa de seu suposto alinhamento com o PCB, experiencia que o escritor elaboraria dez anos depois em Memorias do carcere, livro que sobrepoe relato, documento e literatura. Armas de papel, de Fabio Cesar Alves, professor da USP, realiza uma leitura ampla e profunda das Memorias, ao levar em conta a duplicidade de vozes e temporalidades que se instauram no discurso do autor: o da experiencia e o da rememoracao. E, ao faze-lo, acaba por recensear boa parte da historia politica do Brasil no seculo XX e oferecer ao leitor um belo estudo sobre o papel do intelectual num pais periferico.