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A rainha Albemarle ou o último turista – Fragmentos, de Jean-Paul Sartre, é um diário de viagem inacabado escrito pelo filósofo francês durante e logo após uma visita à Itália no outono de 1951. Seu texto foi estabelecido e anotado por Arlette Elkaïm-Sartre – filha adotiva de Sartre, que também responde pela apresentação – e traduzido por Júlio Castañon Guimarães. O subtítulo, Fragmentos, se explica não tanto pelo texto ser constuído de pequenas partes esparsas, mas porque Sartre, envolvido em seguida em outros projetos, principalmente políticos, deixou o livro inacabado, sem formar um todo orgânico. Mas isto não importa, porque é perfeitamente coerente com o projeto em si. Como explicita a “Apresentação”: “Esse [recente] desejo de escrever em liberdade logo se volta para a própria Itália. Em Roma, Nápoles e Capri, ele toma notas, essencialmente descritivas, em suportes improvisados. [Depois] em Veneza, continua a escrever em um caderno, escolhendo as palavras para fazer a presença da cidade vibrar – [o relato] assume [então] a forma de um diário, com um tom que permanecerá nas versões posteriores – mistura de emoção e ironia”.