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O tempo morde tanto ou mais que a loucura nos contos breves e cortantes de Nara Vidal. A decrepitude está à espreita em cada esquina, Em cada casamento acomodado, em cada frustração ou tédio. Intituladas com nomes de mulheres, as pequenas fábulas são humanas, de tão cruéis.
O que é ser ???humano???, afinal, parece perguntar-se Nara a cada parágrafo. O que fazemos aqui? Existimos apenas para a reprodução e depois morrermos, insatisfeitos com a vida, como a mariposa Atlas no conto final, Íris?
O amor, neste livro duro, mas saborosíssimo, só vinga quando impossível, ou quando a morte o arrebata.
E aí só resta atear fogo às vestes com uma garrafa de rum e uma prosaica caixa de fósforos.