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Um dos romances mais surpreendentes da literatura brasileira. É um livro sobre o amor e o ciúme, a fidelidade e a rebeldia, mas é também uma celebração da literatura e de seus leitores. Ganhador do prêmio Machado de Assis em 1999. Edição com textos críticos de Adriana Lisboa e Beatriz Resende.
Bia conhece Virgílio numa reunião inusitada. Ambos foram convidados para conversar com Muniz, um autor de telenovelas que prepara seu próximo projeto: uma minissérie ambientada no século XIX.
Ela é jornalista especializada em turismo; ele, um arquiteto e dono de restaurante. Muniz acredita que suas habilidades podem ajudá-lo a criar o cenário perfeito para a minissérie histórica Ousadia, mas eles não sabem ao certo como poderiam colaborar. O encontro, porém, rende desdobramentos inesperados. Bia e Virgílio se envolvem, parecem se entender muito bem, mas aos poucos a relação deles começa a ser contaminada pelo ciúme.
Enquanto acompanhamos suas crises e dúvidas, Ana Maria Machado traça outras narrativas: o desenvolvimento de Ousadia e a descoberta de um diário de uma jovem do século XIX, que promete revelar verdades inesperadas sobre um caso de ciúmes e separação pelo qual ela passou.
Ao conduzir essas e outras histórias que se ramificam e se entrelaçam, Ana Maria Machado compõe um livro instigante, que discute o próprio ofício do escritor.
“O romance de Ana Maria Machado certamente contribui para que percebamos como o passado e o presente podem cruzar-se, na mesma cidade, em contextos sociais diferentes, para atualizar os temas universais do amor, da traição e da morte.” — Sergio Paulo Rouanet
“Em A audácia dessa mulher, Ana volta a pedir a cumplicidade de grandes nomes da literatura universal, como Virginia Woolf, Henry James, Stendhal ou Sterne, que perambulam por suas páginas em citações ou lembranças. Mas a grande surpresa é o convite explícito que Ana faz a Machado de Assis, fazendo-o subir ao palco literário concebido por ela.” — Mànya Millen, O Globo, 1999